De acordo com o relatório, o Brasil é o maior mercado de cocaína da América do Sul, um número estimado em cerca de 890 mil pessoas ou 0,7% da população entre os 12 e os 65 anos. O segundo maior mercado para a droga está na Argentina.
A América do Sul é responsável por 45% das apreensões de cocaína em todo mundo, quantidade equivalente a 323 toneladas. No ranking de apreensões, o Brasil é o décimo país do mundo. Em 2007, foram apreendidas 16 toneladas da droga e, em 2006, 14 toneladas.
Para a Organização, os números refletem um “aumento crescente da importância desses países para o tráfico de cocaína, tanto para satisfazer a demanda interna quanto para reexportar a cocaína para mercados como Europa, África e Região do Pacífico.”
O país de trânsito mais importante para o tráfico de cocaína para a Europa, em termos de volume, é a Venezuela, por onde passam 40% da droga transportada. A Colômbia é o país mais citado como origem da cocaína traficada para a Europa, responsável pela produção de 48% do que é apreendido pelos europeus, seguida pelo Peru (30%) e pela Bolívia (18%).
Apesar dos dados sobre a América Latina, a produção de cocaína no mundo caiu ao nível mais baixo nos últimos cinco anos, segundo o relatório. Após atingir o ponto mais alto e superar mil toneladas em 2004, os níveis se mantiveram nos três anos seguintes e a produção anual da droga foi estimada em 845 toneladas em 2008.
Drogas sintéticas e crack
Segundo o relatório, a produção e o uso de de drogas sintéticas cresceram nos últimos anos nos países em desenvolvimento, dentro de um processo em que a fabricação artesanal se transformou em negócio de grande amplitude.
As apreensões de ecstasy dispararam no Brasil em 2007, quando foram interceptados pelas autoridades mais de 211 mil unidades. Em 2006, apenas 11.648 unidades tinham sido apreendidas. O salto nos números fez o Brasil entrar na lista dos 22 países com maiores apreensões de substâncias do grupo ecstasy.
Em
Houve um avanço no consumo de crack em capitais e cidades médias brasileiras, e este é apontado por pesquisadores e autoridades policiais como um dos principais desafios a serem enfrentados pelas autoridades nacionais no combate às drogas ilícitas.
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